Crise na burocracia governista e unificação da esquerda abrem maiores
possibilidades para obtermos êxitos.
O XXI Confasubra foi marcado por fatos importantes que precisam servir de lição para a vanguarda lutadora de nossa categoria. Aqui, expomos as compreensões da Unidos Pra Lutar, tendência sindical nacional.
Primeiro, queremos afirmar que foi um grande triunfo conseguir construir a unidade de toda
a oposição, de todos os lutadores e lutadoras que não concordam com a direção governista da FASUBRA. Foi extremamente positiva a unificação de todos os setores de esquerda em uma só chapa anti-governista. Além de conquistar duas coordenações gerais, este bloco serviu e
servirá de atração para os milhares de lutadores da categoria que não se identificam com nenhuma corrente, mas sabem que é necessário unir forças para derrotar o governo e os braços do governo em nossa federação. Esta é a grande tarefa que este bloco anti-governista terá pela frente.
Segundo, o congresso foi propositalmente desorganizado para evitar discussões. Debates fundamentais que estavam na programação política foram suspensos, a exemplo da EBSERH. Os grupos de discussão, onde a base poderia opinar melhor, foram excluídos. As defesas de teses ocorrida apenas no terceiro dia, só existiu porque houve pressão por parte dos delegados. Nós da Unidos Pra Lutar exigimos que se realizasse o debate das teses. Mesmo assim, podemos afirmar que as discussões foram polarizadas entre governistas e opositores em todos os pontos.
Terceiro, a pressão das bases da categoria para enfrentar o governo é muito forte. Esta manifestação se expressou no congresso de tal forma que, a própria Tribo (Léa e PH) foram obrigados a fazer discursos combativos, não aceitaram o rótulo de “governistas” e tiveram que apresentar ao governo datas limites de negociação e dias de paralisações.
O papel da CUT e da CTB no seio da categoria é defender o governo, mas sabem que está cada vez mais difícil pôr um freio na luta, pois estão sendo questionados pelas suas próprias bases. Os setores governistas serão maioria na direção da FASUBRA e farão todos os esforços e manobras possíveis para servir ao governo e impedir que a nova direção seja mais democrática e de luta do que a anterior. Somente a pressão forte das bases pode obriga-los a se inserirem no calendário de lutas votado no congresso.
Quarto, o calendário de lutas e o estado de greve devem ser agarrados com muita firmeza por todos os lutadores, realizar as paralisações, denunciar com força este governo corrupto e neoliberal, procurar os demais servidores federais. Esta será a forma de mostrar coerência
no que defendemos no CONFASUBRA. Na prática se mostra a teoria!
Combater o governismo para enfrentar o ajuste do governo Dilma.
O combate ao governismo na federação foi o centro do congresso. Tribo, CSD e CTB são correntes sindicais do PT e do PCdoB respectivamente, defendem com unhas e dentes “seu” governo e integram importantes ministérios. Por isso frearam a nossa greve, são responsáveis pela miséria e corrupção neste país. Não podemos compactuar com estessetores, devemos derrotá-los na FASUBRA e em cada sindicato de base.
Não nos parece que a tarefa prioritária de derrotar o governismo era compreensão de todas as correntes. No balanço da greve, a tese do agrupamento BASE não cita os grupos governistas como responsáveis pela derrota da nossa greve. O grupo do BASE e VAMOS À LUTA militaram insistentemente para que fizéssemos uma chapa com a CTB/PCdoB, como se este partido não
fosse tão governista quanto o PT/CUT. Basta lembrar, quem nos traiu na greve e quem coordena os esquemas das obras da copa e das olimpíadas: Aldo Rabelo do PCdoB.
Nós da Unidos Pra Lutar, junto com PS Livre e os independentes do Paraná e de outros estados nos negamos a fazer aliança com governistas. Não fomos ao congresso na busca de cargos, nossa meta é derrotar o governo e os governistas e mostrar a base nossa coerência e disposição de lutar. Todas as experiências de composições de chapas com os governistas, significam a perda de militantes da esquerda e o avanço da direita, como acontece na UFRJ.
Democracia operária e dirigentes controlados pela base.
Entendemos que a melhor forma de evitar a burocratização dos dirigentes é o controle dos mesmos pela base. Nós, da Unidos Pra Lutar, PSLvre e os independentes do Paraná, fomos a público defender um método para acabar com os fura-greve, traidores de suas bases, mas infelizmente as direções do BASE e do Vamos a Luta não concordaram com esta decisão.
Felizmente, grande parte dos delegados da chapa da oposição votaram favoravelmente . Nossa proposta não passou, visto que também a CUT e a CTB se opuseram, pois atingiria diretamente suas práticas.
Finalmente, no intuito procurar representações democráticas, propusemos diversas formas
para aferir o peso de cada uma das teses na chapa para compor a direção da FASUBRA. Defendemos a necessidade de construirmos uma plenária da esquerda, mas estes setores, infelizmente também não concordaram com a proposta.
As tarefas e perspectivas da nova direção!
Com a formação da chapa unitária não se encerra nossa tarefa política. É necessário que em todas as plenárias da FASUBRA, este bloco de esquerda formado no CONFASUBRA se reúna, pois as lutas serão duras e o governo já anunciou que não aceita nosso prazo de 30 de maio para encerrar as negociações. Os professores já apontam a construção de greve por tempo
indeterminado, outros órgãos do setor federal também. Por isso caberá aos setores da oposição organizar de fato o calendário de lutas. Nas plenárias devemos debater como vamos encaminhar a luta contra apolítica de ajuste de Dilma, procurando o máximo de unidade.
Dinheiro para nosso salário, não para corrupção.
O escândalo do bicheiro Cachoeira que envolve o governador Agnelo Queiroz (PT) do DF, o governador Marconi Perillo de GO do PSDB, o senador Demóstenes Torres (ex DEM), a maioria dos partidos políticos e a empreiteira Delta (empresa que mais recebeu recursos do governo
federal para executar obras do PAC) demonstra que o dinheiro público vem sendo desviado para a corrupção e para garantir o financiamento das campanhas de diversos partidos corruptos como o PT e o PSDB. Por isso não aceitamos o argumento do governo que diz não ter dinheiro para o nosso salário. Menos ainda se compararmos com os 700 bilhões entregues aos banqueiros em 2011 como pagamento da dívida pública.
O peso dos governistas ainda é grande na direção. Estão à frente de muitas entidades, mas nas bases são cada vez mais questionados. A categoria não é governista, e tem disposição de lutar. O bloco de esquerda dirige muitas entidades e tem a obrigação de encaminhar lutas
mesmo que a direção da FASUBRA não as aprove. Nada nos impede de construir um calendário para enfrentar a EBSERH, as 40 horas, o ponto eletrônico, defender o reposicionamento, etc.
Não é possível um pacto de governabilidade.
Em cada eleição sindical devemos nos empenhar para que a esquerda se unifique e seja vitoriosa. Este ano haverá importantes eleições como as da UFMG e da UFRJ.
Com firmeza na luta e transparência, pela base construiremos uma nova direção da FASUBRA!
Sou médico do HUAP/UFF, sindicalizado SINTUFF desde 2004. Em outubro de 2011 a SINTUFF iniciou uma discussão sobre o PL 1749 eo PL 2203. Esta semana durante a paralisação do dia 09 e 10 não foi levantado a bandeira da redução de 50% DO VENCIMENTO BÁSICO dos médicos, veterinários etc. do Ministério da Educação e e Saúde. Nós médicos do Brasil estamos nos organizando em foruns sociais e gostaríamos muito do apoio de vocês para reivindicarmos no próximo dia 17 de maio no CREMERJ. Creio que essa luta vai mostrar o quanto nós podemos mudar o perfil de nossos sindicatos pelo Brasil. Att, Joeber. contato (jbsds@uol.com.br)
ResponderExcluirPor que não foi discutido nesta paralisação o PL 2203, que abusivamente reduz o vencimento básico dos médicos e tira nosso plano de cargos, além da redução da insalubridade. Este é o momento da SINTUFF e FASUBRA mostrar aos seus associados como eu, o quanto vale o nosso voto. Estaremos reunidos amanhã no SINMED. Gostaríamos de contar com a presença do SINTUFF e da FASUBRA. Abs.
ResponderExcluirDIA 14 DE MAIO DE 2012
SEGUNDA-FEIRA – 19:00h
REUNIÃO COM DEPUTADOS FEDERAIS CONVIDADOS PELO SINMED-RJ PARA DISCUTIR NOSSA INTERVENÇÃO NA LUTA CONTRA O PL 2203/2011, O MESMO QUE REDUZ EM 50% O SALÁRIO DOS MÉDICOS FEDERAIS.
LOCAL: SINMED-RJ
AV. CHURCHILL, 97 – 12º. ANDAR - CENTRO
OS MÉDICOS FEDERAIS DE VÁRIAS ÁREAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE OU CEDIDOS E DE UNIVERSIDADES FEDERAIS ESTÃO CONVOCADOS A COMPARECER E PARTICIPAR DESTA LUTA!
CONTAMOS TAMBÉM COM A PRESENÇA DOS COLEGAS ESTATUTÁRIOS DO MUNICÍPIO E DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA UNIÃO DE NOSSAS LUTAS!
SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE!
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